domingo, 7 de julho de 2013

Fadas


Vêm com passos na relva Liberdade & Serenidade de mãos enlaçadas
Cantam as quatro estações e riem como pequenas meninas ainda verdes
E Éluard pareceu-me pisar sobre suas pegadas durante a tempestade anosa
Executado Lorca a cidade chamuscou pensamentos libertinos
Tzara transava com orquídeas & girassóis nas noites amareladas
Enquanto sonhavam Os Amantes de Magritte na Bélgica marginal
Pueris vêm os sonhos! Vêem? Lúdicos como hecatombes gregas!
Liberdade & Serenidade não virão almoçar hoje, Paz adoeceu mas
Pareceu-me que as Sete Virtudes plantaram pecados na terra úmida...
Não criem expectativas, crianças, assim apareceu-me a lua ontem
Chorando com a maquiagem borrada entre um vestígio ou outro
Nuvens & Luzes dançando excitadas o Jazz da Eternidade
Pálpebras transparentes viram! Bateram palmas. Juro-lhes!

Paulo de Carvalho Castro

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