estercos recalcados nos calcários sob auroras boreais despencam e invadem os charcos encharcando as latitudes e longitudes dos indefinidos seres sem corpo crível
redemoinhos de lagos vermelhos com suas esfinges catastróficas apresentam enigmas desafiadores devorando os pés andantes dos que nas encostas cotidianas de asfalto azul petróleo passeiam contemplando a beleza da paisagem local
abrindo caminho por qualquer não-caminho neblinas adentram espaços com sua força líquida e transparente
sem nada temerem nos ultrapassam bruscas tocando inclusive o olho que tudo pensa
a madrugada se abre ao dia e volta a ser noite
o homem pensa pra poder ser ainda não sendo
mas ainda existe vida
ah
existe vida ainda que cinza nos marejados olhos tocados por neblinas incolores
Nenhum comentário:
Postar um comentário