aquele pedaço se chocou no outro. era o momento. um momento. inesperado. o corte. a carne exposta, ferida aberta. nada a dizer além d grito expresso, arrancado, instantâneo, por isso findo. agora o que ficara era aquilo. e uma dor que não conseguia dizer. não era dizível. mesmo assim, porque desde cedo a teimosia era seu dom, sua atração por precipícios lisérgicos o fez tentar... era mentira. uma mentira gostosamente verdadeira.
havia um prazer inexplicável de animal, canibal de si mesmo, eliminando qualquer externalidade exigida. não havia platéia! não há. nunca houve. somente aquilo que restava como um sem nome. uma possibilidade de casca seca, chupada. marca que vai contornando um buraco aberto. cicatriz que não lembrará se tiver sorte de um não novo choque ali, bem ali.
e uma sensação de gargalhar lúcida olhou a peculiar forma daquilo que era uma pele morta.
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