quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O que será?


A vida das formigas


http://vimeo.com/13703448#at=0

Colônias de formiga estão entre as construções mais admiradas pelos biólogos pela sua complexidade e eficiência. Entretanto, mostrar o que acontece dentro de uma colônia não é uma tarefa simples, mas o francês François Vautier conseguiu fazer isso de maneira bastante eficiente.
Ele pegou um scanner de mesa velho e nele “instalou” uma colônia de formigas, deixando que elas fizessem o restante do trabalho. Durante cinco anos ele capturou imagens uma vez por semana e, após esse período, ordenou as fotos em forma de passagem do tempo.
O resultado final é um vídeo curioso e belíssimo, que mostra como as formigas criam as suas estruturas internas de trabalho e de que maneira elas destroem tudo o que veem pela frente. Vale a pena conferir o curta.



Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/20507-video-mostra-5-anos-na-vida-de-uma-colonia-de-formigas.htm#ixzz2JSawky5k

Arte! Nada mais!

Ensinar é uma arte! Ensinar é Arte! Arte!
Viver é uma arte! Viver é arte! Arte!
Transmitir é uma arte! Transmitir é arte! Arte!
Às crianças chamamos arteiras. Elas não conhecem e entendem outra linguagem.

Arte! Arte! Arte! Nada mais!

A mando de Exu

É preciso olhar de frente
ao inimigo não se vira as costas
ao inimigo não se rejeita
com o inimigo guerreamos
a guerra é a mãe de toda paz

"quem vai nessa caminhada, encontra em Deus perdão"

É possível ser o inimigo
...
É possível também ser Deus!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"Era Tudo Uma Coisa Só: Mário, Pedra e Lago"

Olhos de mergulho sobreceleste
Olhar arpoador de cores voadoras
Altitude extrema de ver a luz
Pela primeira única última vez

Ouvidos ponto final da fonte do som
Ouvir tudo de tanta desarmonia pura
Altitude extrema de ouvir o vento
Antes durante nunca mais ventar

Mãos em férias: prêmio da contemplação
Gestos potenciais de imóveis sementes
Em cristais de sonhos mais segredos

Alma ou mulher no homem apenas corpo
Poesia desfeita de dor nervos pó
Na altitude extrema do silêncio Deus

...é o fim do caminho...


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

desenho III

estercos recalcados nos calcários sob auroras boreais despencam e invadem os charcos encharcando as latitudes e longitudes dos indefinidos seres sem corpo crível

redemoinhos de lagos vermelhos com suas esfinges catastróficas apresentam enigmas desafiadores devorando os pés andantes dos que nas encostas cotidianas de asfalto azul petróleo passeiam contemplando a beleza da paisagem local

abrindo caminho por qualquer não-caminho neblinas adentram espaços com sua força líquida e transparente
sem nada temerem nos ultrapassam bruscas tocando inclusive o olho que tudo pensa

a madrugada se abre ao dia e volta a ser noite

o homem pensa pra poder ser ainda não sendo

mas ainda existe vida
ah
existe vida ainda que cinza nos marejados olhos tocados por neblinas incolores

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

porque segredo é segredo

Segredo é uma informação valiosa, mas que se for tornada pública pode comprometer algo ou alguém

  • “Quando mocinhas, elas podiam escrever seus pensamento e estados d´alma (em prosa e em verso) nos diários de capa acetinada com vagas pinturas representando flores ou pombinhos brancos levando um coração no bico. Nos diários mais simples, cromos coloridos de cestinhos floridos ou crianças abraçadas a um cachorro. Depois de casadas, não tinha mais sentido pensar sequer em guardar segredos, que segredo de uma mulher casada só podia ser bandalheira. Restava o recurso do cadernão do dia-a-dia, onde, de mistura com os gastos da casa cuidadosamente anotados e somados no fim do mês, elas ousavam escrever alguma lembrança ou confissão que se juntava na linha adiante com o preço do pó de café e da cebola.”
Lygia Fagundes Telles
    • "Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade". Georges Bernanos -
a frase acima me lembrou dessa abaixo:



"A felicidade só é verdadeira se for compartilhada" de Christopher McCandless. 


e também dessa piada que o Zizek conta:



tendo sofrido um naufrágio, um homem vê-se abandonado e isolado numa ilha com uma atriz bonita e famosa. Eles fazem sexo. ao terminarem ele pede encarecidamente que ela se vista de homem (pede também para que ela não se impressione com o pedido). Estando ela vestida de homem ele a diz:
_ meu amigo, vc não vai acreditar se eu te disser com quem eu transei esta noite!



pra fechar a sequência... 

"O homem disse que tinha de ir embora – antes queria me ensinar uma coisa muito importante:

- Você quer conhecer o segredo de ser um menino feliz para o resto de sua vida?
- Quero – respondi.
O segredo se resume em três palavras, que ele pronunciou com intensidade, mãos nos meus ombros e olhos nos meus olhos: - Pense nos outros."
Fernando Sabino; "O menino no Espelho"

o segredo da palavra - da palavra segredo


  • "Quando digo eu sou capixaba, noto que a maioria não sabe o que quer dizer, mas não fico brava e explico logo o significado da palavra. Muita gente acha que o capixaba é uma espécie de mineiro ou de baiano, ou não tem idéia do que seja. Mas isso é porque o Espírito Santo é um segredo que o Brasil ainda não conhece – e por isso faço questão de falar sobre a minha terra em cada show."
Elisa Lucinda; Revista Século Diário, 2001

  • "Matei alguns de meus pacientes por um excesso de audácia que curou outros. Uma recaída ou uma melhora importavam-me sobretudo enquanto uma confirmação de um prognóstico ou prova da eficácia de um método terapêutico. Ciência e contemplação não são em absoluto suficientes, irmão Henrique, se não se transmudam em poder: o povo tem razão quando vê em nós os adeptos de uma magia branca ou negra. Fazer durar o que passa, adiantar ou atrasar a hora prescrita, apoderar-se dos segredos da morte para lutar contra ela, servi-se de fórmulas naturais para ajudar ou frustrar a natureza, dominar o mundo e o homem, fazê-los, talvez criá-los..."
Marguerite Yourcenar

  • "A água anônima sabe todos os segredos. A mesma lembrança sai de todas as fontes."
Gaston Bachelard; "A Água e os Sonhos"

  • "Gosto de sentir o espanto nos olhos da platéia quando cochicho todos meus segredos mais profundos no microfone".
Conor Oberst

sobre os significantes

"Existe um outro tipo de tentação, mais perigosa ainda. Essa é a doença da curiosidade (...) É ela que nos leva a tentar descobrir os segredos da natureza, aqueles segredos que estão além da nossa compreensão, que não nos podem trazer nada e que os homens não devem desejar aprender (...) Nessa imensa selva, cheia de armadilhas e perigos, eu tenho me afastado, e me mantido longe desses espinhos. No meio de todas essas coisas que flutuam incessantemente à minha volta no dia a dia, nada jamais me surpreende, e eu nunca sou tomado por um desejo genuíno de estudá-las (...) Eu não sonho mais com as estrelas".

"A sabedoria pertence a apreensão intelectual das coisas eternas, para conhecimento, a apreensão racional das coisas temporais."


"Milagres não são contrários à natureza, mas apenas contrários ao que nós sabemos sobre a natureza."

"O Espírito da virtude de um sacramento é como a luz; embora passe pelas impurezas, não se poluí."

"Amar o pecador e odiar o pecado"

Agostinho

lembre-se da realidade azul e do sorriso amarelo


colisão





























desenho I

aquele pedaço se chocou no outro. era o momento. um momento. inesperado. o corte. a carne exposta, ferida aberta. nada a dizer além d grito expresso, arrancado, instantâneo, por isso findo. agora o que ficara era aquilo. e uma dor que não conseguia dizer. não era dizível. mesmo assim, porque desde cedo a teimosia era seu dom, sua atração por precipícios lisérgicos o fez tentar... era mentira. uma mentira gostosamente verdadeira.
havia um prazer inexplicável de animal, canibal de si mesmo, eliminando qualquer externalidade exigida. não havia platéia! não há. nunca houve. somente aquilo que restava como um sem nome. uma possibilidade de casca seca, chupada. marca que vai contornando um buraco aberto. cicatriz que não lembrará se tiver sorte de um não novo choque ali, bem ali.

e uma sensação de gargalhar lúcida olhou a peculiar forma daquilo que era uma pele morta.

A Gaia Ciência - Nietzsche

Ainda tenho orelhas? Não sou senão uma orelha e nada mais? Em meio ao ardor da ressaca, cujo retorno espumoso das flamas brancas jorra até meus pés - estas não são senão uivos, ameaças, gritos estridentes que me assaltam, enquanto em seu antro mais profundo, o antigo abalador da terra canta surdamente a sua ária como um touro que muge: fazendo isso, com seu pé sísmico, ele bate até tal ponto que treme o coração dos demônios dessas rochas esboroadas. Então, como surgido do nada, diante do portal desse labirinto infernal, aparece, distante apenas algumas braças, um grande veleiro, que passa num silencioso deslizamento fantasmal. Oh, beleza fantasmal! Que encanto exerce sobre mim? O que é? Este esquife carregaria consigo o repouso taciturno do mundo? Minha própria felicidade se assenta lá, neste lugar tranquilo - meu eu mais feliz, meu segundo eu-mesmo eternizado? Não ainda morto, mas já não mais vivendo? Deslizando e flutuando, um ser intermediário, espectral, silencioso e visionário? Semelhante ao navio, que com suas velas brancas plana sobre o mar como uma gigante borboleta? Ah! Planar sobre a existência! É isto, é isto de que se precisa! Teria, pois, este tumulto feito de mim um fantasioso? Toda grande agitação nos leva a imaginar a felicidade na calma e no longínquo. Quando um homem, às voltas com seu próprio tumulto, se encontra em meio à ressaca de seus lances e projetos, então, sem dúvida, ele vê também deslizarem diante de si os seres encantados e silenciosos, dos quais cobiça a felicidade e o retraimento - estas são as mulheres. 

desenho II

em meio à reuniões de extraordinários indivíduos de narizes longos e contorcidos em formato de umbigo, caminhávamos desligadamente desgovernados como os loucos aleatórios a brincar. dançando de nuvem em nuvem até que se condense um temporal de raios para atingir-partindo-tudo-que-é-um-ao-meio-e-do-meio-ao-meio...até que impelido ao desconhecido caco-à-caco rabisque desenhos ainda inexplorados do viver.
...infernos e céus unindo-se por uma linha de horizonte estendida ao infinito possibilitando desenhos próprios, singulares - a arte do futuro: o desenho!

sábado, 19 de janeiro de 2013




Filme: A Ostra e o Vento




A Ponte


Como é que faz pra lavar a roupa?
Vai na fonte, vai na fonte
Como é que faz pra raiar o dia?
No horizonte, no horizonte
Este lugar é uma maravilha
Mas como é que faz pra sair da ilha?
Pela ponte, pela ponte
A ponte não é de concreto, não é de ferro
Não é de cimento
A ponte é até onde vai o meu pensamento
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento
A ponte nem tem que sair do lugar
Aponte pra onde quiser
A ponte é o abraço do braço do mar
Com a mão da maré
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento
Nagô, nagô, na Golden Gate
Entreguei-te
Meu peito jorrando meu leite
Atrás do retrato-postal fiz um bilhete
No primeiro avião mandei-te
Coração dilacerado
De lá pra cá sem pernoite
De passaporte rasgado
Sem ter nada que me ajeite
Nagô, nagê, na Golden Gate
Coqueiros varam varandas no Empire State
Aceite
Minha canção hemisférica
A minha voz na voz da América
Cantei-te, ah
Amei-te
Cantei-te, ah
Amei-te

Lenine