terça-feira, 22 de janeiro de 2013

desenho II

em meio à reuniões de extraordinários indivíduos de narizes longos e contorcidos em formato de umbigo, caminhávamos desligadamente desgovernados como os loucos aleatórios a brincar. dançando de nuvem em nuvem até que se condense um temporal de raios para atingir-partindo-tudo-que-é-um-ao-meio-e-do-meio-ao-meio...até que impelido ao desconhecido caco-à-caco rabisque desenhos ainda inexplorados do viver.
...infernos e céus unindo-se por uma linha de horizonte estendida ao infinito possibilitando desenhos próprios, singulares - a arte do futuro: o desenho!

sábado, 19 de janeiro de 2013




Filme: A Ostra e o Vento




A Ponte


Como é que faz pra lavar a roupa?
Vai na fonte, vai na fonte
Como é que faz pra raiar o dia?
No horizonte, no horizonte
Este lugar é uma maravilha
Mas como é que faz pra sair da ilha?
Pela ponte, pela ponte
A ponte não é de concreto, não é de ferro
Não é de cimento
A ponte é até onde vai o meu pensamento
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento
A ponte nem tem que sair do lugar
Aponte pra onde quiser
A ponte é o abraço do braço do mar
Com a mão da maré
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento
Nagô, nagô, na Golden Gate
Entreguei-te
Meu peito jorrando meu leite
Atrás do retrato-postal fiz um bilhete
No primeiro avião mandei-te
Coração dilacerado
De lá pra cá sem pernoite
De passaporte rasgado
Sem ter nada que me ajeite
Nagô, nagê, na Golden Gate
Coqueiros varam varandas no Empire State
Aceite
Minha canção hemisférica
A minha voz na voz da América
Cantei-te, ah
Amei-te
Cantei-te, ah
Amei-te

Lenine